segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sonhos reais.


“Eu nunca soube o que é morrer, acho que é porque nunca senti o que era ser vivo”. Essa manhã eu acordei no hospital, acordei perdida, com aquela sensação que você perdeu algo. É triste essa sensação, quando você acorda dessa forma, sentindo o seu batimento cardíaco fazer menos barulho por seu corpo do que sua respiração. Eu tive um sonho. Eu sonhei que antes, numa noite de verão tudo estava em seu devido lugar. E eu? Não sei onde estava, mas não era ao lado teu.

Nada a declarar.


Pijama.
Cobertor.
Filme.
Chocolate.
Lembrança.
Mágoa.
Lágrima.
Soluço.
Sono.
Sonhos.
Despertador.
Café da manhã.

Um clichê qualquer.


As milhares de vezes que eu guardei o que eu sentia pra mim, as verdades que por algum motivo eu nunca revelei. Eu prefiro assim, prefiro manter isso comigo do que parecer estúpida ao colocar pra fora. Passei a vida toda guardando emoções e não vai ser agora que vou expressa-las, talvez até porque eu não goste de sentir, eu odeio esse verbo. Se eu dissesse tudo o que eu penso, certamente muitos não me agüentariam já que tenho tantos medos e sonhos ocultos em lembranças que não me atrevo vasculhar. Eu supero rápido e esqueço rápido graças ao meu dom de não lembrar de muita, para mim a minha memória fraca é divina e mesmo se tivesse oportunidade eu nunca trocaria ela por uma ótima. Sempre fui péssima nos joguinhos infantis que testam isso, e quer saber? Isso é o que eu mais gosto em mim. Talvez felicidade seja isso, emoções escondidas, paz e memória fraca.