quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Julho, o mês das flores.

Era fim de julho e eu já não sentia mais nada. - Ou sentia, mas de que importa? - Ainda doía, claro. Mas nada melhor que um novo amor pra se esquecer das mágoas não é mesmo? Não. Um novo amor trás novas decepções, novas desilusões e novos rancores. Traz a insegurança, o medo e dúvida.
Sempre desprezei relacionamento, ou melhor, sempre fingi desprezar. Me envolvo com uma facilidade imensa e fico perdida ao ver que não tem mais volta, ao ver que criei expectativas em cima de algo não existe. A minha esperança de encontrar alguém "perfeito" nunca morre. Está sempre lá, cutucando, cutucando, cutucando... Só esperando um novo brilho nos olhos e coração acelerado. Ai já era!
Julho trouxe sorrisos, lágrimas, mágoas e borboletas no estômago. Lá vem o amor me tirar do sério denovo, lá vem um olhar e um sorriso me fazerem derreter. Tenho medo de amores assim, sempre acabam da mesma forma e nunca são saudáveis. Tinha tudo para dar errado. Só o fato de eu já não pensar em outra coisa, já era um péssimo sinal.
Me quis pela razão. Me quis porque era o certo a se fazer. Me quis porque seria babaquisse tomar outra decisão. E ninguém nunca soube o quanto isso me feriu e me fez querer jogar tudo pro ar antes mesmo de começar. Mas não tinha mais volta, não podia fazer mais nada. Já estava totalmente envolvida.
Antigos amores sempre voltam, ele sempre vai estar envolvido a você de alguma forma, e não foi diferente. O antigo amor desacelerou a paixão, me fez querer cravar uma estaca no seu peito e implorar para me deixar em paz. Mas claro, não deixou.
O que vem pela frente? Eu não sei. Se tenho medo? Muito. Eu sei que nunca vou causar em você o que seu antigo amor causou. E por favor, me perdoe, mas é realmente o que eu sinto.

Tinha tudo para dar errado... mas deu certo.